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Relato de Parto: Giselle e sua Nina


Relato de Parto: Giselle e sua Nina

Eu nunca fui de idealizar como seria a hora do meu parto, mas quando engravidei passei a pensar bastante nisso. E acho que tudo foi se encaixando pra que as coisas acontecessem exatamente como aconteceu...
Um dia, no começo da minha gravidez,  através do facebook, voltei a ter contato com uma ex estudante de historia da UFRGS, do tempo que estudei em Porto Alegre. Ela hoje é doula e trabalha em Olinda. Até então eu nem sabia o que era uma doula e não tava nada familiarizada com os tipos de parto e recintos pra se ter um bebê. Também não sabia sobre a triste realidade brasileira em relação a alta incidência de cesarianas e como as mulheres, aqui no país ao menos, foram perdendo a capacidade de parir seus filhos da forma como  a evolução biologica levou anos pra desenvolver.
Foi então que, por ser uma bióloga e me inteirando sobre o assunto decidi não ter a Nina num hospital e, principalmente, evitar a cesareana se assim fosse possível. Descobri a 'Casa do Parto de Sapopemba', uma unidade do SUS em São Paulo e fui elaborando a logística para quando a hora H chegasse. Fisicamente me preparei fazendo yoga com a Adriana Vieira e psicologicamente me apoieina certeza de que o parto natural (como é feito lá na Casa de Parto) seria o melhor pra mim e pra Nina.
A minha primeira visita na Casa de Parto foi so para conhecer o lugar e as pessoas de lá (enfermeiras obstetras e auxiliares de enfermagem) e simpatizei bastante com a tranqüilidade da casa. A primeira consulta acontece a partir da semana 37 e, a partir dai, uma vez por semana até o bebê resolver aparecer".
A bolsa rompeu lá pela meia noite de sábado pra domingo(19, 20 de maio) e eu entrei em contato com a Casa de Parto. A enfermeira de plantão disse que eu correria o risco de ser mandada para o hospital caso chegasse lá sem estar em trabalho de parto, já que não sentia dores e a bolsa estava rota. Mas sabia que devia pegar o caminho da roça (com cedilha) e fui pra Sampa mesmo assim. Na estrada (vazia e tranqüila por ser de madrugada) as contrações começaram e foram ficando mais fortes conforme chegava no endereço. Cheguei tremendo na CP as 2 da manhã, molhada, com frio e com receio de que a Nina escorregasse pelas minhas pernas (rs). Fui examinada e a dilatação estava em 5 cm. Fui pro chuveiro terapêutico mas as dores estavam fortes e nem isso me relaxava. Cheguei a vomitar de dor e isso me incomodou muito durante o trabalho de parto. Mas resolvi deitar na cama e fiquei ali um tempo, me contorcendo (nem conseguia respirar direito com o vomito preso na garganta). Em pouco tempo a enfermeira disse "se vc fizer uma forcinha ela nasce, ja da pra ver a cabecinha!!". A dilatação já estava em 8 cm. A partir dai foi tudo super rápido. Nina nasceu com umas 3 contrações as 3:53 da manhã. Tive um pouco de laceração (de primeiro grau) e tomei uns 5 pontos internos e 3 externos. Savio cortou seu cordão umbilical no meu colo assim que parou de pulsar. Ela foi para uma sala para ser pesada e medida com o pai e eu fui tomar banho. Nos encontramos logo em seguida, no quarto, para sua primeira mamada!!
Nina nasceu com 49 cm e 3.205 kg, cabeludinha dos lados e mais carequinha na frente e com um par de olhos enormes (rs)
Giselle Moreira Cassetta, mãe de Nina (parto natural na casa de parto Sapopemba, SP

Dia do Parto - Casa Sapopemba (SP)
NamaskarYoga - Dia do Parto - Casa Sapopemba (SP)

Dilza (avó materna), Giselle com Nina, Adriana Vieira (instrutora de yoga e doula)
NamaskarYoga - Dilza (avó materna), Giselle com Nina, Adriana Vieira (instrutora de yoga e doula)
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