Roda de Mães e Pais com bebês - pós parto - 26 de fevereiro

Com o intuito de levar informações para que mais e mais mães passem por um período pós parto consciente e mais tranquilo, faremos as Rodas de Mães também para puérperas, ou seja, para mães já com bebês
Será sexta-feira, dia 26 de fevereiro, ‘as 19hs na Namaskar Yoga, em Santos, SP, onde já acontecem esses encontros gratuitos há mais de 3 anos.
Lá também acontecem encontros mensais e gratuitos para gestante e sempre queremos reunir mães, pais, avós, enfim, famílias, para que todos possam curtir a maternidade e encontrar outras pessoas que estão passando pelo mesmo período e tem os mesmos assuntos em comum.
Dessa vez vamos ter duas mães, e alunas da Namaskar Yoga para mediar o
assunto. Elas passaram por esse momentos e agora querem ajudar outras
mães a terem mais informações…,aqui, o relato pós da nossa querida Nara Nogueira (na foto com seu lindo Davi, que hoje completa 6 meses),
que foi pra SP para ter seu bebês, e passou por momentos difíceis e
muito reias…e contamos com ela e outras mães para retomar nossas
Rodas!!!

“Ah! se eu tivesse me preparado melhor… Sempre ouvi dizer que a mulher precisa se preparar para a gravidez, que é um momento de muitas mudanças, mas pouco se fala do pós parto. Na minha opinião, o cuidado com o puerpério deveria igual ao da gestação ou até maior.
Sou mãe de primeira viagem, não sabia como seria após o nascimento do meu filho… Saindo da maternidade meu coração estava disparado, olhava meu filho e pensava que teria que coloca-lo no mundo, os carros iam passando e eu ficava cada vez mais apreensiva. Chegando em casa novas inseguranças, não conseguia dormir, passava a madrugada observando e cuidando do meu pequeno e então começou a “falta”de sono, cheguei a exaustão… No inicio não sabia identificar os motivos de seus choros, meu filho passava noite e dia com um certo incomodo, quase sempre que mamava colocava o leitinho para fora, eu achava aquilo estranho, falava para a pediatra, mas mesma dizia que era muito cedo para ele ter refluxo e que aquilo era cólica, passei a dar remédio mas nada mudava… Minha irmã que já era mãe de dois dizia que realmente não parecia ser cólica, porque nesses casos bebe chora sem parar e as vezes por horas seguidas e não era isso que ocorria. Resolvi mudar de pediatra, foi quando descobrimos que realmente o que ele tinha era refluxo, porque quando mamava jogava a cabeça para trás e chorava bastante, demonstrando que estava com dor. Resolvemos então medicá-lo com Rinitidina, com isso suas mamadas passaram a ser tranquilas, prazerosas e ele começou a dormir sem dor. Mas minhas noites continuavam a ser longas, pois depois que ele mamava eu ficava uns 40 minutos para arrotar e muitas das vezes, quando colocava ele deitado, o leite voltava. Eu como mãe ficava tensa, cheguei a comprar travesseiro anti refluxo, levantar uma parte do berço, mas mesmo assim não era suficiente, foi quando descobri um colchão com inclinação de 45 graus. Esse momento foi mágico, o refluxo dele melhorou muito, eu passei a dormir mais tranquila e aos poucos a recuperar minhas forças.
Nesses interim cheguei a discutir com meu marido, as opiniões muitas vezes eram diferentes e eu era muito criticada devido a minha super proteção, o que eu acredito ser natural de qualquer mãe. Eu gostaria muito de ter tido um apoio emocional, lido mais a respeito ou até mesmo a presença de “alguem” que já tivesse passado pela maternidade, quem sabe assim eu tivesse me sentido acolhida e compreendida.
Muitas mudanças ocorrem em nossa vida, como: o corpo, a rotina, a quarentena, a falta de tempo, cuidados com a casa, o marido querendo atenção e com o tempo começam as exigências… Sim, precisamos dar conta de tudo e mais um pouco, como por exemplo voltar a ter o corpo que tinhamos antes da gestação e voltar ao trabalho depois de alguns meses. Mas a unica coisa que eu queria era cuidar do meu filho, ser a melhor mãe que ele pudesse ter e junto com isso vem a culpa, de achar que não estamos sendo suficiente. Sem contar as diversas opiniões e os julgamentos, mas só a mãe conhece seu filho 100%, pois passamos a maior parte do tempo com eles e a fusão entre nós nos permite lhe dar todos os cuidados necessários.
A experiência de ser mãe é algo maravilhoso, realmente uma benção em nossas vidas, um amor que cresce a cada dia. E hoje, depois de passar por essas experiências, entendo que um suporte emocional e mais informações fariam diferença.”