Nove (09) meses com Dorinha - amamentação livre demanda, 4 dentinhos, praticamente andando...

A maternidade consciente é uma delícia! Poder perceber cada fase de crescimento do seu bebê, não apenas física, mas emocional, mental e espiritual é um presente dos céus realmente. E Dora, completa hoje nove meses, e nos brinda a cada dia com muitas novidades. 

Aliás, Dora significa “presente dos céus” :-)

Nove meses, agora fora da barriga!!! Que emoção, que delícia, quanta coisa boa pra se vivenciar, pra aprender, reaprender, pra viver! Uma nova fase…vivendo agora aos poucos, uma disfusão, onde Dora começa a perceber que é um ser separado da mãe…

Essa fase tem que ser muito bem cuidada. Ela precisa de apoio para ser quem ela é, para suas próprias descobertas!

Ela começa a perceber quando fico longe, quando não tem o peito pra mamar, quando não tem o aconchego da mãe, do pai, dos irmãos, mas tudo isso, ela vai percebendo, e sem se sentir abandonada, e sim, conseguindo se sentir um ser único e especial que tomos nós somos!!!

Foto: Willian Espósito 

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É uma fase maravilhosa!

Dorinha já está com quatro dentinhos, já deu os primeiros passinhos, já quer experimentar comidas dos adultos, já experimentou muitas frutas, verduras e legumes. Dorinha é vegetariana e somos a favor da  alimentação BLW- Baby Led Weaning 

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Já reage com satisfação ou frustração. Já grita, e se acalma com entendimento. Já tem memória reativa, e já reconhece pessoas queridas, e se afasta daquelas não tão preferidas! Já escolhe os brinquedos que mais gosta, e já tem sensação de posse. Claro, a  amamentação continua em livre demanda, e gostamos de cama compartilhada, criação com muito apego, muito amor, e estamos muito felizes com tudo isso!!!

Aqui em casa todos estão curtindo muito cada dia, cada passo (literalmente, pois ela já começou a dar os primeiros passos sozinha), cada conquista, cada momento.

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Depois de ser mãe jovem, aos 21 anos, agora, aos 42 fui mãe novamente, (leia relato de parto normal após 2 cesárias AQUI) e estou curtindo demais esse momento.

Poder amamentar sem tanta ansiedade e medos é bom demais, saber que sou capaz de dar meu leite exclusivamente por 6 meses e ter a certeza que meu bebê vai crescer e ficar satisfeito, que foi o que fiz dessa vez, saber que sabemos ser mãe e temos uma intuição correta, também é bom demais.

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Se pudesse dar uma dica para as mães de primeira viagem, seria: ACREDITEM EM VC, DESDE O MOMENTO DE GERAR, CURTA BEM! CURTA SER MULHER E PARIR! ATÉ A ENTENDER CADA CHORO E CARINHA DO SEU BEBÊ. VC é CAPAZ!!!

SIGA SUA INTUIÇÃO, POIS DUVIDO QUE SE MÃES SEGUISSEM SEUS SENTIMENTOS, DEIXARIAM BEBÊS CHORANDO DE FOME PRA AGUARDAR 3 HS ATE A PRÓXIMA MAMADA, COMO AINDA, ABSURDAMENTE, ALGUNS PEDIATRAS DESATUALIZADOS INDICAM!!! ISSO É UM ABSURDO!!!

Fico muito triste ao ver mães de primeira e até segunda viagem, ouvindo esses pediatras (até bem intencionados), mas muito desatualizados, que mandam deixar bebê chorando de fome, que indicam complemento no primeiro, segundo ou terceiro dia após o nascimento, mesmo sabendo que essa mãe ainda tem colostro e que o leite irá descer em breve, e esse bebê NAO PRECISA DE COMPLEMENTO!!!

(LEIA SOBRE ALEITAMENTO CORRETO AQUI)

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E assim vamos por aqui: celebrando, amamentando, praticando nosso babyoga, indo ‘a praia tomar banho de sol, passeando, dormindo bem (quase todas as noites) e sabendo, que nessa fase  tudo vai mudando todos os dias…e a maternidade é uma gostosa experiência que devemos vivenciar com amor, paciência e muito aprendizado!

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OUTRA DICA:

Se quiserem ler um bom livro sobre maternidade, leiam Laura Gutmam:  

Quando pensamos no nascimento de um bebê, nos parece evidente falar de separação. O corpo do bebê que estava dentro da mãe, alimentando-se do mesmo sangue, se separa e começa a funcionar de maneira independente. Tem de colocar em andamento seus mecanismos de respiração, digestão, ajuste de temperatura e outros para viver no meio aéreo. O corpo físico do bebê começa a funcionar separadamente do corpo da mãe.

Em nossa cultura, tão acostumada a ver apenas com os olhos, acreditamos que tudo o que há para compreender acerca do nascimento de um ser humano refere-se a desprendimento físico. No entanto, se elevarmos nossos pensamentos, conseguiremos imaginar que esse corpo recém-nascido não é apenas matéria, mas também um corpo sutil, emocional, espiritual. Embora a separação física aconteça efetivamente, persiste uma união que pertence a outra ordem.
De fato, o bebê e sua mãe continuam fundidos no mundo emocional. Este recém-nascido, saído das entranhas físicas e espirituais da mãe, ainda faz parte do entorno emocional no qual está submerso. Pelo fato de ainda não ter começado a desenvolver o intelecto, conserva suas capacidades intuitivas, telepáticas, sutis, que estão absolutamente conectadas com a alma da mãe. Portanto, este bebê se constitui de um sistema de representação da alma materna. Dito de outro modo, o bebê vive como se fosse dele tudo aquilo que a mãe sente e recorda, aquilo que a preocupa ou que rejeita. Porque, neste sentido, são dois seres em um.
Assim, de agora em diante, em vez de falarmos “bebê”, faremos referencia a “bebê-mãe”. Quero dizer que o bebê é na medida em que está fundido com a mãe. E, para falar de “mãe”, também será mais correto nos referirmos à “mãe-bebê”, porque a mãe é na medida em que permanece fundida com seu bebê. No campo emocional, a mãe atravessa esse período “desdobrada”, pois sua alma se manifesta tanto em seu próprio corpo como no corpo do bebê.
E o mais incrível é que o bebê sente como próprio tudo o que sua mãe sente, sobretudo o que ela não consegue reconhecer, aquilo que não reside em sua consciência, o que relegou à sombra.

Continuando nessa linha de pensamento, quando um bebê adoece, chora desmedidamente ou se altera, precisamos, além de nos fazer perguntas no plano físico. Atender ao corpo espiritual da mãe – para chama-lo de alguma maneira, reconhecendo que a doença ou a ansiedade nos levam a anular o sintoma ou o comportamento indesejável da criança, perdemos de vista o significado dessa manifestação. Ou seja, perdemos de vista algumas pedras preciosas que emergiram do vulcão interno da mãe, trazendo mensagens exatas para ela mesma, cujo desconhecimento seria lamentável.

A tendência de todos nós costuma ser rejeitar as partes de sombra que escoam pelos desvãos da alma. Por algum motivo se chama “sombra”. Não é fácil vê-la, nem reconhece-la, tampouco aceita-la, a menos que insista em se refletir nos espelhos cristalinos e puros que são os corpos dos filhos pequenos. Laura Gutmam- Livro: A maternidade e o encontro com a própria sombra". 

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